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Como proporcionar boa qualidade de vida para gatos com imunodeficiência felina (FIV) e leucemia felina (FeLV)

Descubra estratégias e cuidados essenciais para oferecer uma vida plena e saudável aos gatos com imunodeficiência felina (FIV) e leucemia felina (FeLV). Encontre orientações sobre alimentação, ambiente e cuidados médicos para garantir a qualidade de vida do seu felino

Ter um felino como animal de estimação é garantia de muitos momentos de diversão. No entanto, alguns receios quanto à saúde também preocupam os tutores, em especial com relação à imunodeficiência felina (FIV), também conhecida como “AIDS felina”, e à leucemia felina (FeLV), doenças virais que acometem somente os gatos.

A imunodeficiência felina compromete o sistema imunológico do gato, de forma muito semelhante ao HIV para os humanos, baixando a imunidade e causando anemia, o que favorece o comprometimento de outras doenças. A leucemia felina também compromete o sistema imune, além de favorecer o surgimento de tumores.

Embora ainda sem cura, é possível conviver com as enfermidades. A médica veterinária e consultora da rede de farmácias de manipulação veterinária DrogaVET, Farah de Andrade, explica que os felinos podem ter qualidade e expectativa de vida significativas, desde que sejam tomados os cuidados necessários e tenham acompanhamento periódico.

Como saber se o gato tem FIV ou FeLV?

Sempre que se adota um novo felino ou quando há suspeita de contágio, é possível fazer um teste rápido para as duas doenças utilizando apenas uma pequena amostra de sangue. No entanto, como esse tipo de teste detecta o antígeno, ou seja, um fragmento da partícula viral e não os anticorpos, pode gerar um resultado falso negativo. Para maior segurança é aconselhável realizar um novo teste entre 30 e 60 dias, prazo entre o contágio e a infecção. Se o exame utilizado for o PCR, a janela pode ser menor, porém é o médico veterinário que irá determinar a melhor opção de exame e período, conforme o histórico do animal.

Quais os sintomas da imunodeficiência felina e da leucemia felina?

Os principais sinais clínicos da FIV são:

  • Letargia;
  • Anemia;
  • Perda de peso;
  • Gengivites crônicas;
  • Febre;
  • Infecções respiratórias. 

A FeLV pode causar os mesmos sinais que a FIV, além de:

  • Diarreia;
  • Fraqueza;
  • Pelagem sem brilho;
  • Tumores.

O surgimento dos sinais irá demorar mais tempo, se o sistema imunológico do animal estiver fortalecido. 

Como prevenir a FIV e a FeLV?

A FIV é transmitida por meio de arranhões, placenta, durante a amamentação e principalmente por mordeduras, quando há introdução direta da saliva do gato contaminado na corrente sanguínea do outro animal. Por isso, gatos machos que lutam e de vida semi domiciliada são os mais suscetíveis a contrair a doença. 

Não existe ainda vacina para a imunodeficiência felina, por isso é fundamental castrar os felinos e mantê-los apenas dentro de casa, desta forma evitando brigas com animais infectados. Devido à sua forma de contágio, o risco de um gato com FIV transmitir a doença para outros felinos sadios, em um ambiente controlado, é menor, desde que não haja brigas entre eles.

O contágio da FeLV se dá pelo simples contato com a saliva de um animal contaminado, ou seja, pode ser transmitida por lambeduras e uso de potes de água ou comida compartilhados, além de fezes, urina, placenta ou amamentação. Filhotes de gatas portadoras do vírus da FeLV têm apenas cerca de 20% de chance de sobreviver.

Para a leucemia felina existe vacina (quíntupla), que não garante ainda 100% de proteção, mas é fundamental na prevenção e controle da disseminação da doença. Para vacinar um gato contra a FeLV é preciso que o mesmo seja testado antecipadamente, pois somente gatos negativados podem ser vacinados. A imunização deve ser repetida regularmente, conforme orientação médica. Gatos contaminados com FeLV não devem viver no mesmo ambiente que outros animais saudáveis, visto as variadas formas de contágio da doença.

Qual o tratamento para imunodeficiência felina e para a leucemia felina?

Alguns antirretrovirais, como a zidovudina, também usada em humanos no tratamento da AIDS, têm apresentado bons resultados no controle das doenças, porém somente um médico veterinário poderá indicar o tratamento mais adequado para cada caso e orientar sobre os cuidados diários. Embora não possa curar ou alterar de forma significativa o curso natural das doenças, a zidovudina é capaz de reduzir a carga viral em gatos infectados pela FIV ou FeLV, colaborando com a melhora dos sinais clínicos.

Outro ponto importante é o fortalecimento do sistema imunológico dos animais para dificultar o surgimento de outras doenças. Nutracêuticos como as betaglucanas, a spirulina e a curcumina são grandes aliados do tratamento, pois fortalecem a imunidade, estimulam a produção e a manutenção das hemácias e reduzem a chance de desenvolvimento de linfoma. Também vale lembrar que oferecer uma alimentação de qualidade também contribui significativamente para a imunidade dos animais.

O estresse também pode baixar a imunidade dos felinos, por isso, proporcionar um ambiente tranquilo e protegido e evitar saídas de casa e banhos em pet shops são fatores que irão contribuir para o bem-estar e a expectativa de vida do felino. E, como para a maioria dos gatos ingerir um remédio é desagradável, a manipulação de medicamentos em formas farmacêuticas com sabores e odores facilita a administração e evita momentos estressantes. O manipulado DrogaVET pode ser feito em diversas formas como forma de pasta, filme oral, calda, molho e biscoitos e flavorizantes como salmão, frango, carne, leite condensado, entre outros.

Saiba mais sobre leucemia felina

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