O hiperadrenocorticismo é uma enfermidade comum para os cães com idade avançada. Embora também seja uma enfermidade que acomete humanos, cada vez mais cães sentem o impacto da doença, principalmente por conta da expectativa de vida dos animaizinhos estarem em avanço junto da medicina veterinária.
Esta é uma doença complicada por diversos fatores, em primeiro lugar porque costuma acometer cães idosos já fragilizados. Além disso, o seu avanço costuma ser silencioso e compromete cada vez mais o organismo do pet, com risco de levá-lo a óbito. Por isso, entender tudo sobre o hiperadrenocorticismo, seus sinais e sintomas e como tratá-lo pode ser fundamental para salvar a vida do seu cãozinho.
O que é a Hiperadrenocorticismo ?
Hiperadrenocorticismo é uma condição onde há uma produção excessiva do hormônio cortisol. Em condições normais, o cortisol é essencial para o corpo das pessoas e dos animais, pois gerencia o metabolismo, regula o açúcar e atua no sistema imunológico. Porém, quando há excesso na produção se torna muito prejudicial.
O cortisol é um hormônio importante, que como mencionamos é fundamental para que o corpo funcione de maneira correta. Este hormônio é produzido pelas glândulas adrenais – ou suprarrenais, pois se localizam logo acima dos rins – e está associado a uma série de processos bioquímicos do corpo. Entre as principais estão:
- Regula a resposta ao estresse: Em situações de estresse o cortisol libera mais energia, aumenta o nível de açúcar e desencadeia uma série de reações que auxilia o corpo a lidar com a situação estressante;
- Regulação metabólica: O cortisol regula o metabolismo, a maneira como o corpo armazena e lida com nutrientes e suas reservas de energia;
- Anti-inflamatório: O hormônio regula o processo anti-inflamatório do organismo do animal;
- Sistema imunológico: O sistema imunológico é modulado pelo cortisol, que desencadeia uma resposta do sistema imune aos estímulos de agentes patógenos e até mesmo quando há estresse.
Até mesmo relacionado ao modo como os animais – inclusive os seres humanos – dormem e encaram o sono, o cortisol está. Mesmo ligado a tantas funções importantes, quando há o desequilíbrio nos níveis do hormônio no sangue, seres humanos, cães e gatos acabam por apresentar uma série de complicações em seu sistema endócrino.
Há diversos sinais que demonstram que seu cãozinho está com hiperadrenocorticismo. Fraqueza, pele fina, aumento da ingestão de água, incontinência urinária, perda de ânimo, sono em excesso, desidratação e até mesmo perda muscular, que gera lesões e atrofias. Esta condição é de fato muito severa e exige cuidado, pois pode ser, em muitos casos, letal.
A Síndrome de Cushing – nome alternativo pelo qual o hiperadrenocorticismo também é conhecido – pode acarretar em outros riscos e condições médicas, como diabetes e hipertensão. Todas essas condições podem debilitar o cãozinho ao extremo e por isso todo cuidado com a condição deve ser administrado logo que os primeiros sinais de hiperadrenocorticismo forem notados.
Quais as causas do Hiperadrenocorticismo?
Existem duas causas principais para o hiperadrenocorticismo canino. Ambas são causadas por tumores que afetam as glândulas que produzem hormônios, no caso o cortisol. Mas calma, nem sempre esses tumores são malignos. No entanto, por conta da sua localização eles se tornam uma ameaça à saúde do cão e causam a condição.
Esses tumores podem aparecer em dois lugares: nas glândulas hipófises ou nas glândulas adrenais. As glândulas adrenais – ou suprarrenais – estão entre as principais produtoras do hormônio cortisol, logo quando o tumor está localizado próximo dela, acaba por alterar o seu funcionamento e acarreta no desequilíbrio do hormônio.
Já as glândulas hipófises estão localizadas em um lugar diferente do corpo do cãozinho, no cérebro abaixo do hipotálamo. Esta glândula é muito importante, chega até a ser reconhecida e chamada de “glândula mestra”, pois regula todas as outras glândulas endócrinas do corpo do animalzinho. Por isso que um tumor no local é extremamente prejudicial para o organismo do cão.
Embora a glândula hipófise não libere diretamente o cortisol, como mencionamos, esta é uma glândula que controla todo o sistema endócrino, incluindo as glândulas adrenais e, por isso, também impacta e gera o desequilíbrio do hormônio. Também é necessário pontuar que, quando há a presença de um tumor próximo à glândula hipófise, há o risco de outros setores do organismo serem atingidos por conta da pressão nos nervos.
Quais os sintomas do Hiperadrenocorticismo?
Para identificar a presença do hiperadrenocorticismo no organismo do seu pet, é necessário conhecer os sinais e sintomas dessas doenças. Vamos citar abaixo todos esses sinais que servirão de aviso para que você esteja de olho na saúde do seu cão e possa interferir junto a um veterinário para o tratamento do pet.
O tratamento pode se dar por meio da cirurgia com medicamentos ou ambos. A DrogaVET, farmácia de manipulação veterinária, pode auxiliar no tratamento do seu cãozinho. Na farmácia você pode manipular os medicamentos necessários para o tratamento do animal, tudo para garantir o conforto do seu melhor amigo durante os cuidados.
Aumento do consumo de água e incontinência urinária
Um dos primeiros sinais do hiperadrenocorticismo é o aumento do consumo de água por meio do cãozinho. Por conta do desequilíbrio do hormônio no corpo, é comum que o cão procure beber muito mais água e, em contrapartida, também é comum que o animalzinho urine muito mais podendo levar a uma incontinência urinária a longo prazo.
Ganho de peso e inchaço abdominal
O ganho de peso é mais um sinal da doença. Mas não só isso, também é costumeiro que cães com essa doença tenham um aumento de volume em seu abdômen. Se reparar que há esse aumento de volume na barriguinha do seu pet, fique atento e procure um médico veterinário.
Pele fina
O afinamento da pele é mais um sinal de hiperadrenocorticismo que devido às condições em que a doença se manifesta pode ser confundido com um simples sinal da idade. Se o seu pet repentinamente parecer estar com a pele mais fina, procure um médico veterinário para tentar tirar as dúvidas sobre sua condição.
Alopecia – perda de pelos
A perda de pelos – outro sinal que pode ser confundido com a simples idade do pet – também é muito observada em cães com a síndrome Cushing. Se observar que seu cãozinho está perdendo mais pelo que de costume, a melhor saída é procurar o seu veterinário de confiança para tirar a prova se é uma perda natural.
Fraqueza e debilidade
Um sinal clássico do hiperadrenocorticismo é a fraqueza e debilidade nos músculos causado pelo desequilíbrio do hormônio. É comum que essa fraqueza seja acompanhada por atrofia muscular, o que impacta diretamente na mobilidade e ânimo do animalzinho. Este é um sinal fácil de identificar e deve ser tomado sempre como bandeira vermelha.
Hiperadrenocorticismo iatrogênico
Iatrogenia é um termo que se refere a um estado de doença, efeitos adversos ou complicações resultantes de um tratamento médico como o uso de remédios, cirurgias e outras intervenções na questão da saúde. Infelizmente, alguns tratamentos para pets com anti-inflamatórios podem resultar no aparecimento do hiperadrenocorticismo.
É comum que isso aconteça principalmente em cãezinhos que sofrem de doenças imunossupressoras ou alérgicas, onde há necessidade da administração de glicocorticóides – anti-inflamatórios – de maneira constante. Com a exposição ao medicamento, o organismo acaba por desenvolver tumores próximos às glândulas.
Hiperadrenocorticismo primário
Diferente do hiperadrenocorticismo iatrogênico, o primário ocorre quando há uma destruição do córtex adrenal nos cães. Geralmente esse distúrbio é causado por doenças autoimunes ou idiopáticas – quando não há nenhuma certeza de qual é a fonte ou origem da patologia. Muitas vezes a síndrome Cushing é incapaz de ter a sua origem identificada, o que torna o tratamento um tanto mais desafiador.
A origem do hiperadrenocorticismo altera levemente o tipo de tratamento que será utilizado. Por isso, faça os exames regulares com o seu médico veterinário para identificar a origem a doença, e conforme o diagnóstico do especialista, busque pelo tratamento ideal para seu doguinho na DrogaVET.
A empresa especialista em tratamentos para pets irá criar o medicameto ideal para o tratamento do seu cão. Apostamos na personalização para que a aplicação do tratamento seja a mais prática possível. Na DrogaVET o medicamento é manipulado na forma e sabor preferido do seu pet, aumentando ainda mais a adesão ao tratamento.
Hiperadrenocorticismo secundário
Além do hiperadrenocorticismo primário, temos o secundário. O hiperadrenocorticismo é considerado secundário quando não há qualquer indício a respeito da origem da condição.
O hiperadrenocorticismo secundário é geralmente acompanhado por uma deficiência do hormônio adrenocorticotrófico, fundamental para regular a produção do cortisol, justamente o principal responsável pela síndrome de Cushing. Por isso o diagnóstico é bastante complexo.
Testes Específicos
Após a identificação dos primeiros sinais e sintomas por parte do próprio tutor, um médico veterinário deverá ser procurado. De preferência, ao veterinário especialista em endocrinologia animal, ou solicite o encaminhamento para um, pois assim o seu cão passará pelos cuidados e os testes necessários para identificar o problema.
Existem diversos testes específicos para tentar diagnosticar a síndrome de Cushing. Iniciando pelo hemograma, exame de sangue fundamental para identificar uma série de informações a respeito do organismo do animal. Outro teste básico, mas muito útil, é o exame de urina.
Teste de triagem para hiperadrenocorticismo (doença de Cushing) em cachorros e gatos, é teste de supressão com baixa dose de dexametasona (TSBDD) que baseia-se no princípio de que em pets normais, a administração de glicocorticóide exógeno (por exemplo: dexametasona) inibe a secreção de hormônio liberador de corticotropina e hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), suprimindo, desta maneira, a secreção de cortisol endógeno. Animais com hiperadrenocorticismo são anormalmente resistentes ao feedback negativo. Este teste também é indicado para diferenciação de adenoma pituitário secretor de ACTH (HPD) e tumor de adrenal funcional em cães e gatos, entretanto não é útil no diagnóstico de hiperadrenocorticismo iatrogênico.
O teste de estimulação com hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) é um exame veterinário utilizado para diagnosticar hipoadrenocorticismo e para o controle do tratamento de hiperadrenocorticismo em cachorros e gatos.
Neste teste, uma dose de ACTH é utilizada para estimular a glândula adrenal a produzir o próprio cortisol. Esse estímulo serve como base para o profissional identificar quais serão os níveis presentes de cortisol no organismo do animal suspeito. Ele detecta hiperadrenocorticismo iatrogênico.
É o teste de escolha para monitorar a resposta ao tratamento e fornece uma resposta basal para a terapia de monitoramento, entretanto este teste quase sempre é incapaz de diagnosticar tumores adrenais e pode não detectar hiperadrenocorticismo dependente da pituitária (HDP) inicial. O teste não diferencia hiperadrenocorticismo dependente da pituitária e tumor de adrenal.
Como é o tratamento do Hiperadrenocorticismo?
O tratamento do hiperadrenocorticismo é feito de duas maneiras: pela remoção cirúrgica dos tumores ou pela medicação. Independente do método, o objetivo é sempre reduzir os níveis do cortisol no corpo do pet para que os sintomas da doença sejam reduzidos e aos poucos a síndrome deixe de agravar a sua condição.
A cirurgia é recomendada principalmente quando é a glândula adrenal que está impactada pelo tumor. Já quando é a glândula hipófise afetada, o mais recomendado é utilizar medicamentos para o tratamento do tumor e a regulação do cortisol no organismo do cãozinho.
Geralmente é aplicado como medicamento o trilostano, uma substância que tem como principal objetivo diminuir os níveis de cortisol no sangue. Ter todos os medicamentos na medida certa é fundamental para o sucesso do tratamento, por isso, se você necessita do serviço, busque a DrogaVET para garantir os produtos ideais para o seu pet.
Como prevenir?
Infelizmente não há como prevenir o hiperadrenocorticismo. Quando a condição é proveniente de iatrogenia, o único cuidado que pode ser administrado é o cuidado com o uso excessivo de medicamentos.
Por isso, é necessário e fundamental ficar de olho nos sinais e sintomas do hiperadrenocorticismo e procurar um médico imediatamente para tratar do cãozinho. Esse cuidado é o que irá garantir o tratamento precoce e também poderá salvar a vida do seu pet. Não deixe de realizar as consultas periódicas em um médico veterinário especialista.
Saiba mais sobre Hiperadrenocorticismo